ALFAIATARIA MASCULINA: TIPOS E DIFERENÇAS

by - novembro 26, 2017

É inevitável, chega uma hora na vida do homem que ele tem que colocar um terno. Enquanto alguns acabam fazendo dele um uniforme, outros reservam-no apenas para eventos especiais. A grande questão é que a maioria dos caras acaba encontrando uma certa dificuldade na hora de combinar as cores ou cometem pequenos erros que, com algumas dicas super práticas, podem salvá-los de vários inconvenientes.
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GQ Itália, setembro de 2013, fotografado por Jay Schoen
Você sabe a diferença entre um terno e um costume? Em alfaiataria tradicional, um terno é composto por três peças: calçapaletó colete. O costume, no entanto, compreende apenas duas peças, o paletó e a calça. Mas você pode estar se perguntando: e qual a diferença entre um paletó e um blazer? O paletó compõe um conjunto de peças que, como já explicado, fazem parte de um único visual, portanto tende a ter a mesma padronagem de estampas e tecido de seus companheiros, seja a calça ou o colete. Já o blazer é uma peça distinta das demais e não necessita a companhia das peças supracitadas, podendo acompanhar camisetas e até calças jeans.
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Da esquerda: terno, costume e smoking
Ainda, é importante ressaltar outro termo comumente confundido, o smoking. Também conhecido como black tie, o smoking difere do terno apenas nos detalhes. Além da calça, ele é sempre acompanhado de gravata borboleta e a lapela (a “aba” do paletó) é de cetim – cetim de seda, meus caros, evitem as de poliéster!; normalmente é usado na cor preta e é a aposta certa das celebridades em premiações e red carpets.
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Otto Lotz para L’Officiel Hommes da Suécia, setembro de 2015, fotografado por Jérémy Dubois
Item-chefe da dor-de-cabeça, a gravata costuma causar muita preocupação, mas a verdade é que não precisa. Com exceção da camisa preta, que comporta tons de gravata mais claros, ela deve ser sempre mais escura que a cor da camisa; as demais cores ficam bem-postas com tons em escalas inferiores. A padronagem da estampa varia conforme o gosto, mas prefira as estampas menores, mais discretas e em jacquard (estampas feitas com os próprios fios, durante a tecelagem).
Por fim, e não menos importante, os sapatos e os cintos completam o visual. Devido à grande oferta de modelos, é aqui onde muitos caras acabam errando. O modelo mais adequado de calçado para acompanhar ternos e smokings é o oxford, com solado de couro e cadarço. Além dele, para quem não gosta de cadarços, há o monk, modelo comum, encontrado com alça de couro e fivela de metal. Para momentos mais informais – ou mais quentes – uma boa opção é o loafer, já que não possui cadarço nem fivela. Os cintos devem sempre ser da mesma cor que os sapatos, mais finos e com fivela discreta.
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Da esquerda: oxford, monk e loafer
Por fim, lembre-se de que a modelagem de todas as peças deve ser precisa, não há nada mais desleixado que um terno muito cumprido ou muito largo. A barra na altura do calcanhar e o ombro do blazer ou paletó exatamente do tamanho do seu, são pontos importantes, além, é claro, de atentar-se para que as peças estejam sempre limpas e o menos amassadas possível. Com tudo explicado, espero cessar toda a confusão na hora de encontrar – ou montar – o visual perfeito!

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